É aquela que
prepara a base de uma palavra para receber outros elementos e caracteriza a
conjugação de verbos. São três as vogais temáticas dos verbos em
Português: a, e, e i. O –a classifica os verbos como sendo de
primeira conjugação, o –e classifica os
classifica como verbos de segunda conjugação, e, por fim, o –i está presente
nos de terceira conjugação.
Exemplos:
a) am-a-r: o radical do verbo amar
se une à vogal temática de primeira conjugação para receber a desinência que
marca o infinitivo verbal.
b) Vend-e-r: radical do verbo vender,
vogal temática de segunda conjugação e desinência verbal.
c) Curt-i-r: radical do verbo curtir,
vogal temática de terceira conjugação e desinência verbal.
Em Português,
uma sequência que ignore a existência dessa vogal seria impossível: *amr, *vendr e *curtr são, portanto, agramaticais por serem
impossíveis de se aceitar na língua.
Em nomes, a
vogal temática determina a formação de substantivos e adjetivos. São vogais
temáticas de nomes o –a, -e, e o
–o. Exemplos:
a) ajunt-a-mento;
b) peix-e; e
c) espant-o
porém, existem as atemáticas são as palavras
oxítonas terminadas em a, e, i, o, e u, como alvará, candomblé, tupi, avó,
urubu, e palavras em consoantes, como feliz, mulher, flor, etc. Essas palavras
recuperam suas vogais temáticas quando estão no plural. Felizes, mulheres,
flores.
A raiz é conceito histórico, isto é, é um
dado relativo à origem e ao campo morfológico a que pertence à palavra. Diz-se,
portanto, que a vogal temática sucede o radical e não a raiz dos verbos.
Rebeca, nesta postagem senti falta dos conceitos de raiz e radical de Aronoff e Haspelmath, que adotamos em nosso curso. Você só mostrou a visão do Kehdi que, para nós, é só para comparação teórica. Outros pontos: desinências, em nosso curso, chamamos de afixos mais gramaticais; no plural de flores, mulheres e felizes temos o alomorfe {-es} de plural, certo? Abraços :)
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